Eu trabalho no mundo digital há mais de 8 anos. Já fiz de tudo um pouco nessa área: fui atendimento, já escrevi para blogs, fui web designer, escrevi para redes sociais e hoje sou desenvolvedora front-end. Trabalhei para agências, para empresas de e-commerce, para consultorias de TI, startups e, durante toda a minha carreira, eu sempre fui freelancer. Mesmo que estivesse com um trabalho fixo, sempre peguei projetos paralelos para complementar renda.
Também sempre tive vontade de empreender, ter uma empresa com a minha cara e com os meus valores. Esses “freelas” foram importantíssimos para moldar quem eu sou hoje. Com eles, aprendi a me comunicar bem com o cliente, soube das minhas capacidades para ensinar e, principalmente, aprendi a não desistir e a entregar um trabalho bem feito.
Durante esses projetos paralelos, meus clientes sempre me perguntavam sobre serviços complementares. Sempre tinha alguém que precisava fazer um logo, desenvolver a papelaria de sua empresa, escrever conteúdos institucionais etc.
Como tenho muitos amigos que trabalham com design, marketing e desenvolvimento, eu os indicava diretamente para meus clientes e, no fim, sempre trabalhávamos juntos em diversos projetos. Até que, um dia, notei que ajudaria muito se meus clientes pudessem encontrar todos esses serviços em um único canal. Um canal onde eles poderiam checar as informações e os currículos dos profissionais que atenderiam suas demandas.
Com o intuito de facilitar a entrega dos projetos de meus clientes, decidi montar um hub online para concentrar pessoas de diversas áreas que possam atender como uma agência criativa, por um custo reduzido e um trabalho eficiente.
Eu precisava criar algo que tivesse meus valores, que pudesse contribuir com luta social de alguma forma. Pensando nisso, decidi que esse hub seria aberto apenas para quem se identificasse com o gênero feminino.
Sabemos que existem diversos problemas sociais que dificultam o posicionamento das mulheres no mercado de trabalho. Ainda temos salários menores do que o de homens que exerçam o mesmo cargo que nós, com as mesmas qualificações, com a mesma experiência. Somos as maiores responsáveis pelo cuidado com os filhos, o que impacta diretamente nas contratações, pois muitas mulheres não são contratadas para determinados cargos quando demonstram interesse em ter filhos ou têm filhos pequenos. Temos pouquíssimas mulheres em cargos de chefia ou cargos políticos. Sofremos assédios sexuais e morais o tempo todo em nossos empregos. Não nos sentimos representadas, não nos sentimos seguras e algo deve ser feito para que esse quadro seja diferente no futuro.
A Ô Dona nasceu com esse ímpeto, de se colocar como uma empresa feminina livre de assédios e com muita vontade de mostrar que competência não está relacionada a gênero.
E então? Deixa a gente cuidar da sua marca?
Fontes: